Meu irmão Mateus e eu saímos em uma viagem para jejuarmos e meditarmos no Senhor, pois Ele, o Altíssimo, diz que não há repouso maior que n’Ele. Paramos no meio da viagem para comer e propus um discurso antes de comermos:

"Ó, irmão Mateus, nós somos como duas crianças exiladas, assim como foi o povo hebreu. A diferença é que nós estamos em um exílio material, eles estavam em exílio espiritual após prestar honras a ídolos, pois Moisés havia ido às montanhas. Eu vos digo, porém, que Moisés somos nós e não fraquejamos perante a maldade e a iniquidade, prestando honra aos profetas e culto aos verdadeiros Deuses e ao Pai Único, recordando nossas Origens que habitam no nosso destino de chegada, Aqueles Pleromas são nossos Pais de Luz, por isso o Profeta Moisés fala para darmos honra ao Pai e Mãe espiritual, não contradizendo o que Nosso Senhor Jesus Cristo ensinou para ti e foi registrado pelo apóstolo Tomé, que a paz esteja com ele, "eu vim fazer o filho brigar contra o pai e a mãe", se referindo à paternidade material.

Nosso exílio afasta os fariseus, aqueles que sempre interpretam sem o espírito, eles vivem à base de letra morta. Eles são os verdadeiros idólatras, não o hindu, não o egípcio, não o heleno, esses malditos colocam Moisés acima do próprio Deus.

Nosso exílio afasta os ateus, tanto aqueles que cultuam ídolos sem alma, tanto aqueles que dizem não acreditar na existência de Deus, esses são os malditos supremos, Deus os odeia.

Nosso exílio afasta os impiedosos, pois nosso lema é justiça.

Nosso exílio afasta os mentirosos, pois nosso lema é verdade.

Que assim seja para todo o sempre, amém.

Nós comemos, demos graças ao Todo-Poderoso e continuamos nosso caminho.